3.10.21


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Não é novidade que eu estarei sempre, em qualquer circunstância, do lado dos mais novos. Respeito as rugas e os cabelos brancos - lá chegarei - mas quando imagino, projeto o mundo em que eu gostava de viver, é nos dentes de leite e nas borbulhas que penso pois é deles o caminho que, bem ou mal, se vai fazer. É por eles que alinho a minha consciência política e invisto muito do meu tempo. Paciência para a ladainha dos que por tudo e por nada os censuram ou menosprezam, não tenho ou jamais tive. Cada geração condena sempre a seguinte e nunca tem a humildade de compreender que é totalmente responsável por aquilo em que ela se torna. 
Sei que quem não tem filhos ou já os tem crescidos nunca se importou por aí além com o que se passa nas escolas desde março de 2020. E agora que os dias são de alívio, loucura e ressaca, ou, como dizem os românticos, de libertação, menos ainda. As crianças e os adolescentes ficaram para trás no levantamento de restrições e nas notícias dos jornais, mas que interessa isso a um país onde a visão de futuro tem prazos de quatro anos?