Esgotado o argumento literário do frio, explorámos o da chuva e agora o que nos tem dado assunto são os indícios da primavera. Como acontece nas relações de circunstância, nos dias miseráveis, ou quando evitamos perguntas que magoam e constrangem, o tempo que faz hoje e o que para amanhã se espera salvam-nos desta enorme desolação, deste silêncio absoluto.