Pelo menos uma vez por semana o mais novo pede-me outro irmão ou, se escolher não for abuso, uma irmãzinha. As coisas não podem ser assim, explico, uma mulher sensata não se presta a dar fruto com a leviandade com que o fazem as flores, a quem bastam borboletas ou ventos favoráveis, nem como os animais, que cumprem os desígnios da espécie sem ponderar além do instante. Mas ao inocente pouco dizem as minhas razões e quanto maior o detalhe com que as exponho menor a importância que lhes dá. No seu espírito, ainda livre do sarilho de teses com que se fundamentam os passos da vida e a que no conjunto chamamos de maturidade, a boa intenção é suficiente para o valor de uma ideia e o sucesso de um projeto. Ignora ainda em quantas dúvidas e obstáculos podem tropeçar as boas intenções ao longo do seu nobre caminho e como tantas delas se esbardalham e se levantam com outra cara, novo nome e rumo oposto.