Vou sabendo do que se conta e pouco mais: a imperatriz vai embora para apoiar a mãe, que murcha em solidão lá nas encorrilhas do monte. O seu colo desdobrar-se-á em dois. É hora de retribuir a vida que amorosamente lhe foi dada mas sem descurar a que ela própria pôs no mundo e por isso vai de armas e bagagens. A causa é nobre e foi certamente ponderada à custa de más noites, com prós e contras bem medidos nas voltas do lençol. Para impedir que o neto seja criado onde judas perdeu as botas, o senhor Pereira confia que o vírus jogará a seu favor. Esta pandemia ainda vai piorar muito e não pode desertar à toa quem mais falta faz nos hospitais daqui. Tantas regras e proibições para todos e iam autorizar uma enfermeira, numa hora destas, a transferir-se para a província? Era o que faltava! Se não há um pai ou um marido, ao menos o governo há de pôr freio nesta rapariga.