Às vezes – raras vezes – dou comigo a julgar que tenho uma certeza. E ter uma certeza, pese embora a insanidade e o equívoco, pode ser a diferença entre pasmar ou dar um passo em qualquer sentido. Infelizmente, ainda antes de dar o passo, esboroa-se em três tempos a certeza porque logo me ponho a analisar todos os matizes do seu reverso. Pensar é um hábito muito civilizado mas está longe de ser uma boa estratégia de sobrevivência.