8.2.22

Sou todas as mulheres deste blog. Quando conto delas é de mim que falo. Não porque desastres, aventuras ou privilégios iguais me tenham sucedido, mas apenas porque não há uma, entre as suas imoralidades, arrogâncias e mesquinhices, que eu possa jurar nunca ter feito, dito ou pensado. Escrevo sem pena ou condenação, escrevo vendo-as da janela, através do vidro onde reconheço o meu próprio reflexo. Em certos dias chego a confundir as silhuetas.