Violeta-de-prateleira
muita história tem contado.
Cada dia uma maneira,
uma arma e um recado.
Primeiro era de navalha,
depois mostrou o chinelo,
por fim aumentou a tralha
com a foice e o martelo.
Vejam só como reage
quando não resta mais nada.
No princípio ela jurou
meter-nos a todas na linha,
nenhuma planta poupou
a esta ameaça mesquinha.
Mas agora, meus senhores,
desmonta-se a fantasia:
a alma de certas flores
é bem dada à cobardia.
Afinal não se aguenta
com bravura de felino.
Então mima a suculenta
e acarinha o pepino.
Eis as artes de graxista
que movem esta megera.
É assim que ela conquista
a nata da blogosfera.
...
Veio-me agora uma ideia
em que ambas podemos ganhar:
pôr um fim à verborreia
com dois copos pra brindar.
Não é por fôlego esgotado
nem por medo de perder.
O leitor é que, coitado,
já está farto de me ler.
Valeu a pena a batalha,
Violeta, minha querida.
Isabela (deus me valha!)
já chora com a despedida.