13.9.24

Deito-me esta noite mais cedo na esperança de te encontrar num dos meus sonhos. Mas, olha, não é propriamente o sonho que eu quero, pois desse não guardarei depois mais do que lembrança. Quero os primeiros instantes do despertar, aquela vaga consciência de existir, a realidade dúbia e tão porosa, porque é aí que o meu cérebro crê na possibilidade de ali estares e ao corpo – que maravilha! – não resta senão concordar e obedecer.